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Oi, eu sou a Sophia e você está me ajudando num projeto ao qual me dediquei muito, estudei muito e ainda não terminou. Comecei a escrever u...

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Mais sobre o livro

A personagem principal, desencadeadora da ação se chama Luz, ela acaba de fazer 13 anos, é filha de migrantes nordestinos, é negra e mora numa favela central, seus amigos são: um menino que vive em um orfanato e tem por parente vivo apenas um tio alcoólatra, um colega de escola, Michel, pouco mais velho do que ela, que é imensamente popular com as garotas, apesar de ser um jovem fora dos padrões estéticos considerados atraentes, um garoto de mesma idade que Michel de uma outra comunidade que é descendente de nigerianos, usa dreads e toca percussão e uma índia que saiu da aldeia para cursar o primeiro ano de faculdade de sociologia a fim de ajudar na demarcação das terras de seu povo.
Os heróis divinos dessa história são os orixás da mitologia nagô, respectivamente, Nanã, Xangô, Oxum e Oxóssi, além de Oyá e Exu, divindades que aparecem neste primeiro livro objeto do presente projeto.
O mundo fantasioso do livro se constrói paralelo a uma realidade muito dura e é perpassado por entidades divinas e heróis nacionais, construindo um mundo invisível onde o equilíbrio é a chave da felicidade e da permanência.  Apesar disso tudo, não se pretende revelar nenhum segredo do povo de santo, nem estimular quaisquer ritos sagrados, mas sim libertar tal herança cultural do crivo religioso para o âmbito da criatividade e da construção do saber.
O espaço é uma metrópole brasileira. O tempo, não exatamente datado, indica um futuro não muito distante de 2016 em que uma espécie de Segunda Reforma aconteceu, houve perseguições religiosas, culturais e censura no desenvolvimento das aulas. O objetivo é indicar que todos os temores sobre o retrocesso conservador que se indicam no nosso atual contexto sócio político vieram a cabo.
As personagens estão em dois nichos principais: pessoas comuns com todos os traços físicos e de personalidade das pessoas que serão o público alvo da obra, por exemplo uma menina que não gosta das disciplinas de humanas, não gosta de estudar, ajuda muito em casa e mora na favela, ela é nossa personagem principal que não tem nada de especial na vida cotidiana, suas melhores amigas da escola Aninha e Evelyn, que paqueram o popular Michel. Michel, que aliás, mora com a irmã pois seu pai o abandonou quando criança, realidade de quase dois terços dos meus alunos, e sua mãe e avó já faleceram, além disso ele está esteticamente fora dos padrões de beleza, está acima do peso e não se dá bem em educação física, apesar disso é lindo e popular.
Um garoto magrelo, esperto que acabou num orfanato e é amigo de moradores de rua e de prostitutas. Um jovem negro, descendente de nigerianos que tem uma família enorme e bagunçada e precisa trabalhar para se sustentar. Uma índia, esta sim, menos comum aos olhos desatentos, mas que traz à tona questões importantes sobre essa origem brasileira tão desconhecida e sobre

as questões éticas e sociais que deveríamos tratar muito mais nas escolas entre os povos indígenas e o eterno colonizador branco. Do grupo de pessoas comuns ainda fazem parte os adultos coadjuvantes, a mãe abandonada pelo pai de Aninha, as cuidadoras do orfanato, os professores, os pais de Luz, a irmã de Michel e seu marido, o avô e a tia de Akin, pessoas que são vitoriosas por sobreviver a cada dia, heróis do cotidiano, resistentes e que vão alimentando nossos heróis adolescentes com essa força velada, com esse exemplo diário.

E, há também, o núcleo de personagens sobrenaturais, inspirados na cultura afro, orixás que dão a seus filhos poderes sobre os elementos da natureza, Ancestres, pessoas do culto que já estão no mundo invisível e aconselharão os jovens heróis, entre eles grandes nomes da nossa história, em forma de homenagem, como Mãe Aninha, Mãe Menininha, Jorge Amado, que foi obá de Xangô e era filho de Oxóssi, o babalawô senhor Martiniano do Bonfim e Mãe Cleuza, além de uma infinidade de entidades como Eguns, Kiumbas, Egunguns, mensageiros e caboclos.

PESQUISAS

As referências estéticas para cumprir com eficiência essa tarefa são clássicos de sucesso internacional que justamente se inspiraram livremente em mitologia grega e nórdica, criando um mundo de fantasia completamente novo, que conquistou os jovens, entre eles estão principalmente: J. K. Rowling com sua saga Harry Potter, Rick Riordan idealizador de Percy Jackson e os Olimpianos e J. R. R. Tolkien com seu mundo medieval e fantasioso completo e ainda inspirações em Mia Couto, Rafael Dracon, Monteiro Lobato, Maurice Druon, Mauricio Goulart, Jorge Amado  e em todas as paixões literárias pessoais da autora.
As bases da pesquisa também têm longa lista bibliográfica, mas principalmente como é de costume na tradição do povo de santo, na palavra falada; todo o segredo do candomblé se baseia no axé das palavras que são força vital para os rituais serem passados adiante, é aí que mora o segredo.
Então conversei com filhos e pais de santo e participei do maior número de rituais possível, entrevistei estudiosos dos cultos, fiz um curso de xamanismo guarani com o mestre Kaká Werá, entrevistei indígenas dos povos guarani e terena e assim pude escolher sobre quais mistérios criar este mundo maravilhoso no qual orixás transformam pessoas comuns em heróis.

Além disso, o professor e doutor Patrício Araújo, acadêmico estudioso exatamente do tema ‘O Segredo no Candomblé’ foi responsável por uma orientação contínua, além de uma preciosa amizade e apoio.

Apresentação do projeto

“Para mim, a coisa melhor no Brasil é essa unidade de contrastes”
(Ariano Suassuna)

A concepção desta obra veio de um conjunto de experiências, primeiro como professora atuante entre pré-adolescentes, adolescentes e jovens em contato constante com os preconceitos forjados pela ignorância de nossa origem cultural. Preconceitos que impediam a formação total do indivíduo como um cidadão ético e até o mergulhavam em uma situação constante de não identificação cultural com seu meio e que, mais tarde, ao ser apresentado a suas origens culturais se transformavam em auto preconceito. 
Segundo da experiência de ser filha de santo e vivendo constantemente os resultados do preconceito social. Muitas pessoas que criticam as religiões afro brasileiras abertamente acabam muitas vezes por visitar os terreiros, além da prática comum de buscar benzimentos e simpatias, atividades que ortodoxamente seriam condenadas pelo catolicismo. Ainda assim, todo esse sincretismo faz parte da formação religiosa do nosso povo e consequentemente todas essas manifestações devem ser valorizadas como manifestação cultural.
E por último, mas não menos importante, assistir a mídia e a política, ora propositadamente, ora por incapacidade, fracassarem na valorização da cultura nacional e na educação sobre diversidade e ética.
Somando-se todas as três faces das experiências acima descritas, foi despertado em mim o desejo cada vez maior e latente de produzir algo que estimulasse aos jovens usar seu próprio cotidiano, sua própria imagem e herança cultural como fonte de entretenimento. Cito o bispo Hermes Fernandes em seu website “Você iria ao cinema prestigiar um filme intitulado ‘Xangô de Ife’, onde um personagem negro, portando um machado de dois gumes, vindo de Aruanda, controla os raios e os trovões? Certamente que um filme desses seria execrado por muitos cristãos. Mas, se o filme se chama Thor, deus nórdico dos trovões, a quem se sacrificavam homens, mulheres e crianças, pendurando-os em carvalhos, protagonizado por um louro bonitão de olhos azuis, é assistido sem o menor peso de consciência. Enquanto para Xangô são sacrificados pombos e galinhas de angola, para Thor eram sacrificados seres humanos. ”
Este livro almeja ser ferramenta para que a resposta seja sim.
Sim, num futuro, o mais breve possível, crianças e jovens se interessem por estes heróis com a consciência de que estes sim fazem parte diretamente de sua realidade e suas origens e que são personagens de uma rica formação cultural e não somente figuras religiosas.
O objetivo desta obra é fornecer a crianças e jovens em formação material lúdico inspirado em sua própria herança cultural e não mais na herança grega, romana ou nórdica.
Povoar o imaginário de nossos jovens com heróis africanos e indígenas se faz urgente a fim de coibir a demonização de nossas origens culturais.

Demonizar expressões de cultura e fé de um povo é eticamente destrutivo para a formação de um indivíduo, é um crime contra sua identidade social e nacional e desrespeito ao patrimônio cultural de uma nação.

Crowdfunding

Oi, eu sou a Sophia e você está me ajudando num projeto ao qual me dediquei muito, estudei muito e ainda não terminou. Comecei a escrever uma trilogia que atingisse o público jovem e pudesse povoar a imaginação das pessoas com heróis que representassem nossa cultura ancestral, em especial, a dos orixás iorubás. Mas há também, nessa ficção, referências aos indígenas, às benzedeiras, enfim, aos heróis do nosso cotidiano. No decorrer deste projeto você terá muitas informações! Fique à vontade também para entrar em contato comigo e tirar suas dúvidas.
Para publicar o livro, eu preciso finalizá-lo, revisá-lo, enviá-lo para editoras, receber uma resposta positiva delas e por fim, caso haja interesse de alguma editora, investir na compra antecipada de um determinado número de exemplares, para que a editora concorde em lançar o livro.
Pois então, eu recebi uma resposta muito positiva, de uma ótima editora, mas não tinha o valor necessário para o investimento. Então, estou fazendo esse tipo de “CROWDFUNDING”: um tipo de financiamento coletivo pautado em doações.
Por sua ajuda, você receberá, logo que fique pronto, um exemplar do livro e será convidado de honra para o futuro lançamento (peço paciência, pois este é o primeiro livro que edito e não sei ainda quanto tempo vai demorar todas estas etapas até que estejamos prontos para o lançamento).
Você também terá seu nome publicado em minhas redes sociais. 
Caso qualquer coisa aconteça e o livro não seja editado, devolverei seu dinheiro na íntegra, mas não se preocupe, isso não vai acontecer! Quando uma avalanche positiva destas começa, nada segura!
Peço inicialmente uma doação de R$40,00. Quando o livro for lançado, vou tentar, junto a editora, barateá-lo o máximo possível, sua doação é, portanto, o preço máximo de capa. Isso quer dizer que ele poderá ser alguns reais mais barato no momento do lançamento, eu não poderei devolver o troco de sua doação. Tudo bem pra você? Para doar basta entrar em contato comigo!

Mais uma vez te agradeço! Você é um grande incentivador da arte e da cultura!

Sinopse

O equilíbrio entre os mundos visível e invisível foi fatalmente alterado. Os humanos estão sentindo as consequências, apesar de não terem nenhuma consciência de todos os Mundos que os cercam. Espíritos Ancestres protetores estão atentos e têm numa única garota a esperança para cessar os ataques constantes de Eguns, espíritos perdidos entre os mundos que estão causando pesadelos, insônia e perda de memória nas pessoas.

Luz Pereira da Silva é uma menina simples, moradora da favela na cidade grande, aluna regular e amiga fiel que se sente invisível. Ela acredita que não tem nada de especial, mas está errada! Um misterioso dom de repente se manifesta e sonhos constantes exigem que Luz encontre companheiros de jornada e parta em uma missão: buscar a poderosa orixá Oyá, rainha das tempestades e Senhora dos Eguns.